Gravidez na adolescência: e agora?

A gravidez na adolescência é um fenômeno complexo, tanto do ponto de vista biológico, psicológico, social e cultural. Afinal de contas, é uma situação repleta de singularidades, desafiadora para as famílias, profissionais de saúde, educadores, sociedades e para os próprios adolescentes.

O estado nutricional é um ponto importante durante a gestação, principalmente no que se refere ao ganho de peso da gestante e ao desenvolvimento do feto.

O baixo peso da adolescente antes da gravidez e o insuficiente ganho de peso durante a gestação podem exercer influência negativa sobre a saúde da adolescente, aumentando o risco de prematuridade e nascimento de criança de baixo peso.

A adolescência é marcada por intensas transformações biológicas, psicológicas e sociais que influenciam o comportamento alimentar, tornando o adolescente suscetível a preferências alimentares que podem acarretar hábitos inadequados e deficiências nutricionais. Os adolescentes necessitam de doses extras de nutrientes para a fase de crescimento acelerado em que se encontram. Deficiências nutricionais podem levar à baixa estatura, osteoporose e atraso na maturação sexual.

Os adolescentes também possuem hábitos alimentares irregulares, muitas vezes omitindo refeições ou mesmo substituindo refeições principais por lanches. Dietas especiais, hábitos de vida, atividade física, consumo de álcool e drogas são aspectos que influenciam a alimentação dos jovens. Dietas especiais são, muitas vezes, praticadas por adolescentes do sexo feminino que, pressionadas pelos padrões de beleza impostos pela sociedade, passam a consumir dietas com restrição calórica severa para controlar o peso.

Para que o estado nutricional da futura mamãe e da criança não fique prejudicado, o ideal é passar por acompanhamento de um nutricionista para avaliar o que está em excesso ou faltando na alimentação diária.

Como regra geral, tanto durante a gravidez, com em outras fases da vida, seguir a metodologia do Meu Prato Saudável é uma excelente atitude. No almoço e no jantar, metade do prato deve ter verduras e legumes crus ou cozidos, ¼ alimentos ricos em carboidrato (arroz, macarrão, batata, por exemplo) e o ¼ restante deve  ser  dividido em duas partes: metade de proteína de origem vegetal (feijão, ervilha, lentilha, por exemplo) e a outra metade de origem animal (carne de boi, frango, peixe ou ovo). E como sobremesa, uma porção de fruta.

Em relação às vitaminas e aos sais minerais, a recomendação nutricional para as adolescentes grávidas é superior comparada às meninas da mesma idade para o ferro, cromo, magnésio, flúor, cobre, iodo, molibdênio, selênio, manganês, zinco, tiamina, riboflavina, vitamina C, niacina, B6, B12, folato, ácido pantotênico, vitamina A e colina. Com o aumento da porção ou do número de refeições por dia, assim como o uso de suplementos – sempre com prescrição médica – a adolescente conseguirá atingir a recomendação.

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