Conheça melhor a alergia alimentar ao glúten

Conheça melhor a alergia alimentar ao glúten

 

Também chamada de doença celíaca, a alergia ao glúten atinge cerca de 4 milhões de pessoas no Brasil, sendo que a maioria desconhece ser portador da condição. Normalmente, a doença celíaca surge na infância, entre o primeiro e o terceiro ano de vida, mas não é uma regra, ou seja, adultos também podem desenvolver a condição.

 

O glúten é uma substância proteica do grão de trigo e de outros cereais, como o centeio, a cevada e a aveia. Algumas pessoas desenvolvem uma intolerância ao glúten que leva a uma reação do sistema imunológico. O corpo reconhece o glúten como um invasor e produz anticorpos para destruí-lo. Isso causa uma inflamação e danifica a mucosa do intestino delgado, o que dificulta a absorção de nutrientes.

 

Com o tempo e sem o tratamento adequado, a doença pode levar a um estado nutricional ruim, além de outras complicações como anemia, perda de massa óssea, problemas digestivos, neurológicos e perda da qualidade de vida em geral.

 

Pessoas com doença celíaca apresentam intolerância ao glúten e a única maneira de evitar os sintomas é retirar alimentos que contenham glúten da dieta, fazendo substituições. Embora mais da metade dos pacientes não apresente sinais da doença celíaca, os mais comuns são:

Crianças Adultos
– diarreia ou diarreia com gordura

– fezes com cheiro desagradável

– apatia

– pouco ganho de peso (crianças)

 

– fadiga generalizada

– incapacidade de ganhar ou manter o peso

– anemia

– osteoporose

– problemas de coagulação

 

A doença normalmente é considerada crônica e requer a retirada do glúten da dieta por toda a vida, devendo ser abolidos o trigo, o centeio, a cevada e a aveia. Os rótulos dos alimentos industrializados devem ser cuidadosamente observados.

Confira nossas dicas para fazer a substituição alimentar

Ao preparar os alimentos, substitua 1 xícara de farinha de trigo por:

  • 1 xícara rasa de fubá
  • 7/8 de xícara de farinha de arroz branco ou integral
  • 5/8 de xícara de fécula de batata
  • 1 xícara de farinha de milho
  • 1 xícara de farinha de soja + 1/4 de xícara de fécula de batata
  • 1/3 de xícara de farinha de soja + ½ xícara de fécula de batata + ½ xícara de farinha de arroz branco ou integral
  • ½ xícara de farinha de soja + ½ xícara de fécula de batata

 

Para engrossar preparações, substitua 1 colher de sopa de farinha de trigo por:

  • 1 e ½ colher de sopa de maisena
  • 1 e ½ colher de sopa de amido de araruta
  • 1 e ½ colher de sopa de gelatina
  • 1 e ½ colher de sopa de fécula de batata
  • 1 e ½ colher de sopa de farinha de arroz doce
  • 2 colheres de sopa de tapioca para cozimento rápido
  • 1 colher de sopa de farinha de arroz branco ou integral

 

Dicas da Nutricionista:

  • É melhor combinar mais do que um tipo de farinha no preparo dos alimentos para um produto melhor
  • As farinhas devem ser guardadas em lugar arejado e seco
  • A massa da preparação pode ficar mais fina ou mais grossa do que a receita original, mas evite adicionar uma quantidade maior dos substitutos
  • A quantidade de fermento deve ser dobrada na receita

 

Os seguintes alimentos devem ser evitados por portadores de doença celíaca ou de intolerância ao glúten:

  • Bebidas: achocolatados comerciais, leites maltados e instantâneos, cremes não lácteos, bebidas de cereal, café instantâneo aromatizado, alguns chás vegetais com cevada;
  • Pães: quaisquer feitos com trigo, centeio, aveia, cevada, misturas prontas para biscoitos, pão de milho, baguetes, waffles, pães com germe de trigo, farelo, biscoitos industrializados em geral;
  • Cereais: todos os que contém aromatizante de malte, trigo, centeio, aveia, cevada, germe de trigo;
  • Sobremesas: todas as misturas prontas (exceto as que não contêm glúten), bolos e biscoitos industrializados, todas as que contiverem estabilizantes com glúten, pudim de pão ou engrossado com farinha;
  • Gorduras: molhos prontos para saladas que contêm estabilizantes com glúten ou vinagre branco destilado;
  • Frutas: purê de frutas industrializado, algumas coberturas de tortas (checar a composição com o fabricante);
  • Carnes: todas as preparadas com trigo, centeio, aveia ou cevada, enlatados, preparadas com pães, alguns embutidos (checar a composição), as que contêm goma de aveia;
  • Batatas ou substitutos: macarrões preparados com trigo, aveia, centeio ou cevada, batatas cremosas, misturas comerciais de arroz, macarrão ou batata;
  • Sopas: misturas comerciais preparadas com trigo, aveia, centeio ou cevada;
  • Vegetais: cremes feitos com pão, enlatados ou prontos preparados com creme ou molho de queijo.

 

A composição de cada produto comprado precisa ser examinada. Alguns termos podem indicar a presença de glúten ou de gliadina como: farinha enriquecida, amido modificado, glutamato monossódico, proteína vegetal hidrolisada, cereais, extrato de malte ou cereal, aromatizante ou condimento de malte, vinagre destilado, emulsificante e estabilizante. Se algum ingrediente gerar dúvida quanto à composição, haverá a necessidade de contatar o fabricante do produto para checar a presença de glúten ou gliadina.

 

Essa matéria está bem completa! Vamos COMPARTILHAR para que todos possam saber um pouco mais sobre a doença celíaca.

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