Alimentos orgânicos: Uma tendência atual e futura

Você sabe qual é a diferença entre os alimentos orgânicos e os convencionais?

 

Os princípios da agricultura orgânica não permitem o uso de substâncias que tragam riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Portanto, os agrotóxicos são proibidos, além dos fertilizantes sintéticos solúveis, hormônios, antibióticos, organismos geneticamente modificados e radiações ionizantes.

Richard Charity, expert em agricultura orgânica e Gestor de Sustentabilidade da Fazenda da Toca diz: “A agricultura orgânica segue como princípio o mesmo funcionamento de uma floresta, que é o de estocar nutrientes na forma de vida. Além de preservar, esse processo visa construir um solo cada vez mais rico e saudável, ao contrário da agricultura convencional que tende a desmatar e a utilizar a monocultura em escala. Na agricultura orgânica o resultado é a recuperação dos mananciais e florestas”.

 

Atualmente, estima-se que por meio da agricultura convencional sejam consumidos cerca de 1 bilhão de litros de agroquímicos por ano (o equivalente a 5 litros por habitante/ano). O que, além de ser prejudicial à saúde, diminui a quantidade de nutrientes dos alimentos.

 

Um estudo da Universidade Federal do Paraná (UFPR) comparou alimentos convencionais e orgânicos e concluiu que os orgânicos possuem uma maior concentração de nutrientes, como fibra alimentar, proteína, açúcares e também alguns minerais como ferro, potássio e selênio.

 

Além de frutas, verduras e legumes, a produção orgânica se estende também para os laticínios, ovos e carne. Seguindo esse modelo de produção sustentável, os animais são criados em pastos orgânicos e tratados com produtos fitoterápicos e homeopáticos, diferentemente das produções convencionais que utilizam hormônios e antibióticos veterinários. Marcas como a Fazenda da Toca, por exemplo, oferecem uma gama de alimentos nessa linha de produção.

 

Os orgânicos são muito mais que alimentos para uma parte da população, eles fazem parte de um estilo de vida mais saudável. A arquiteta Karina Piccioni La Farina conta que passou a consumir alimentos orgânicos há 16 anos para manter uma vida mais saudável. Ela completa:  “Comecei a dar preferência a esses produtos e fui deixando de comprar e consumir tudo o que fosse enlatado e industrializado. Além disso, sou criteriosa com os rótulos dos alimentos e acompanho a evolução e a divulgação dessa tendência, pois acredito que será definitiva no mundo. Penso ainda que para ser uma pessoa saudável, livre de doenças, com o organismo limpo de aditivos químicos tóxicos, é preciso investir nos orgânicos”.

 

O avanço dos produtos orgânicos no mercado se deve em grande parte à regulamentação da Lei dos Orgânicos, que ocorreu em 2011. Hoje, além das feiras específicas de orgânicos, muitos produtos podem ser encontrados nas grandes redes de supermercados, e todos devem conter um selo de certificação. Por isso, lembre-se sempre de olhar os rótulos para ter certeza se o produto é orgânico ou não.

 

Os preços dos orgânicos tendem a ser um pouco mais altos do que os alimentos convencionais, porém a tendência é que eles diminuam: quanto maior o consumo de alimentos orgânicos, mais baratos eles vão ficar. Além disso, “para produzir alimentos orgânicos é necessário construir um solo saudável para o plantio orgânico. Esse processo costuma ser mais caro para o agricultor em relação à agricultura convencional, pois demanda algumas etapas. Como resultado, o produtor gera um ‘patrimônio’ maior, construído gradualmente e, por isso, precisa ter uma remuneração melhor. No entanto, após o período de conversão, que leva cerca de três a cinco anos, os custos diminuem”, conclui Richard Charity.

 

Preservação do meio ambiente

A base do processo produtivo dos alimentos orgânicos está nos fundamentos agroecológicos, que preveem o uso responsável dos recursos naturais, como o solo, a água e o ar.

 

Dicas na hora de comprar produtos orgânicos:

  • Procure saber a procedência. Todo produto orgânico possui certificação
  • Dê preferência aos produtos das feiras orgânicas do seu bairro e às cooperativas. Os preços tendem a ser mais baratos que nos supermercados e lojas de produtos saudáveis. Além de economizar, você incentiva os microempreendedores e a economia local
  • Procure as versões orgânicas de vegetais e frutas que mais tiveram avaliações insatisfatórias de conteúdo de agrotóxicos pela Anvisa, como o morango, a alface, o pimentão e o tomate

 

Como diminuir os agrotóxicos da sua salada:

  • As folhas externas dos vegetais (alface, rúcula, escarola) são as que mais têm agrotóxicos. Descarte-as
  • Lave bem em água corrente e deixe meia hora de molho em uma solução de 1 l de água + 1 colher de sopa de bicarbonato de sódio e depois lave novamente
  • Algumas frutas recebem tratamento com cera para não estragarem. Esfregue com uma esponja e faça o mesmo procedimento acima para eliminar parte dos agrotóxicos de contato.

Escrever uma resposta ou comentário:

Publicidade1

Publicidade2

Realização

Parceiros

Go Top