Quer perder peso? Então cuide das suas emoções
Você já fez várias dietas, tomou remédios, procurou diversos médicos, nutricionistas e mesmo assim não consegue emagrecer ou vive no efeito sanfona? E como andam as suas emoções? Para algumas pessoas, a obesidade ou o sobrepeso não estão relacionados somente com doenças, maus hábitos ou outras condições de saúde. Usar a comida como válvula de escape para os problemas emocionais é mais comum do que se imagina. Quem nunca comeu algo “calórico” e disse “hoje eu mereço”, levante a mão!
A comida é o primeiro sistema de recompensa que o ser humano conhece. Quando um bebê chora é instintivo que a mãe ofereça o peito ou a mamadeira como a primeira opção de cessar o choro da criança. Com isso está formada a relação emoção-comida. O alimento torna-se o primeiro calmante ou ansiolítico que experimentamos na vida.
Na adolescência ou na fase adulta, alguns problemas afetivos como perdas, decepções, autoestima, estresse, ansiedade, tristeza, raiva, culpa, enfim, a gama de sentimentos que todos nós possuímos surgem e, na falta da mamadeira, temos diversos substitutos para afogar nossas mágoas e levar nosso organismo a acumular gordura e problemas de saúde, em consequência dos maus hábitos alimentares.
Apreciar uma boa comida e aproveitar ocasiões especiais para comer pratos diferenciados é perfeitamente normal. É preciso prestar atenção ao que se come, claro, mas é fundamental entender e estar ciente do porquê você está comendo uma pizza hoje, uma caixa de bombons amanhã e um duplo cheeseburger no dia seguinte.
Infelicidade, solidão, luto, tédio, tudo pode ser uma desculpa para comer demais. E é claro que nessas horas ninguém devora 5 maços de brócolis, a tendência é buscar alimentos altamente calóricos.
Quando comemos algo gorduroso são produzidos endocanabinoides, substâncias que provocam sensação de bem-estar e prazer e um desejo quase irresistível de consumir cada vez mais gorduras. Isso se torna um vício, fazendo com que a pessoa coma mais e mais, sem parar. Os endocanabinoides também estão ligados ao controle da dor e da ansiedade.
Já o chocolate, quando rico em cacau, aumenta a produção de serotonina, substância que também dá sensação de prazer e, com isso, alivia a depressão e a ansiedade. Além de elevar os níveis de serotonina, as calorias elevam os teores de endorfinas, o que explica a tal sensação de prazer citada por absolutamente todos os consumidores de chocolate.
O grande problema de associar a comida como alívio imediato para os problemas emocionais é que isso fica “programado” no cérebro e é preciso mais do que força de vontade para mudar essa situação. Pessoas que se identificam com essa associação da comida com as emoções precisam buscar uma orientação psicológica para alterar o comportamento compulsivo ou inadequado em relação à comida, além do acompanhamento nutricional e atividades físicas.
Identificar o que dispara o desejo de comer, além do fisiológico, ou seja, comer porque está com fome, e investigar a relação com a comida são os primeiros passos para emagrecer com saúde. Perder peso e mantê-lo requer mudanças de comportamento para o resto da vida, caso contrário a pessoa irá viver no efeito sanfona, emagrece e engorda, afetando a saúde tanto física quanto emocional.
Ah, lembre-se: ansiedade, tristeza, estresse, raiva ou culpa são sentimentos que nenhuma comida pode melhorar. Ao contrário, quanto mais você comer e ganhar peso, pior irá se sentir.
Fome física X fome emocional
Quando você não sente fome e come mesmo assim é a fome emocional que está comandando você. Isso porque a fome é em resposta a alguma emoção e não a um sinal do corpo de que é preciso comer. Veja abaixo as principais diferenças e quando for comer, pense nisso antes:
1. A fome emocional aparece de repente, enquanto que a fome fisiológica surge gradualmente;
2. Normalmente a alimentação emocional causa a ingestão de um tipo de alimento, que se torna “confortante” para o indivíduo;
3. A necessidade de comer algum alimento específico no caso de alimentação emocional é urgente, não é possível esperar;
4. Quando a vontade de comer for desencadeada pela fome emocional e o indivíduo se distrair com algum outro comportamento como caminhar, dançar, ler, etc., ela pode desaparecer. Se for desencadeada pela fome fisiológica, a fome irá persistir;
5. Se o indivíduo come por emoção, muitas vezes ele não consegue parar de comer, mesmo se já estiver saciado;
6. Muitas vezes o fato de comer por emoção causa sensações de culpa e frustração, enquanto que, em condições normais, a ingestão alimentar pela fome física não costuma causar essas sensações negativas.
É muito importante saber diferenciar a fome física da fome emocional. Ajude divulgar essas informações e ajude outras pessoas também! COMPARTILHE!
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